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Ghost in the Shell (1995)
“Do you even know who you are?”
Ghost in the Shell explora ramificações filosóficas profundas de ser e entender, de se tornar cibernético e a consciência da própria existência. Ao sugerir a irrelevância de ser parcialmente cibernética e entrar em conflito com a sua identidade, Motoko Kusanagi enxerga impossibilidade de entender sobre sua individualidade.
A partir desta perspectiva, é bastante difícil afirmar diferenças entre ela e uma replica sua, sua identidade como ciborgue entra em conflito por não ser única, como um ser humano. Além de que, ela não pode ter certeza da sua existência singular pelo fato do seu corpo ser criado por um sistema governamental bizarro e não pode afirmar se seu cérebro é controlado ou não.
Uma pessoa é uma ideia, ou como é descrito em Tipitaka, “uma expressão, uma designação conveniente, um mero nome…” existe a necessidade do corpo? pois no futuro, essa estrutura que transporta a mente pode ser substituída e ter seus neurônios ligados a fios ciberneticos. Afinal, quais são os tributos que leva a sua existência ser real? Segundo o velho padrão de Descartes, enquanto Motoko estiver pensando, ela existirá, não importa se suas memórias podem ser totalmente sintéticas criadas artificialmente ou qual seja a origem desses questionamentos. Se você não acredita em um eu, você será menos egoísta e, portanto, sofrerá menos.